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U-Boat

 

Submarinos alemães tinham apoio no Rio Grande do Norte?

 


João Batista Barbosa dos Santos (Seu Louro) afirma ter visto alemães e subamrinos, em 1942

 


Litoral de Jacumã, onde teria aparecido o suposto U-Boat


Descrição do andarilho


Simulação de luz vista pelos nativos de Jacumã


Luzes sobre subamrino U-Boot que poderiam confundir as pessoas em terra

 


Simulação do cenário descrito pela testemunha


A presença de submarinos alemães na costa brasileira, no período da Segunda Guerra Mundial não é mais segredo ou suposição de um falso ataque protagonizado pelos americanos para forçar a entrada do Brasil na guerra. Hoje, com a liberação de documentos alemães sobre o fato, sabe-se que pelo menos uma dúzia de submarinos alemães e italianos atuavam de norte a sul da costa brasileira.

Nos primeiros anos da guerra, a dificuldade de localizar os equipamentos sob a água garantiu por quase dois anos o trânsito livre dessas embarcações, até 6 de janeiro de 1943, quando uma aeronave Catalina do esquadrão VP-83 conseguiu afundar o primeiro submarino durante a guerra, a cerca de 100 quilômetros de Fortaleza/CE. Tratava-se do U-164, um U-boat tipo IX C de 76 metros de comprimento.

Fato como esse gerou inúmeros avistamentos de submarinos na costa e outros dez afundamento registrados. No Rio Grande do Norte, nas vilas do litoral, anciões relatam avistamentos inusitados, os quais nunca foram estudados a fundo. Os relatos se espalham do litoral sul, onde o estado faz divisa com a Paraíba, até o litoral do extremo Norte, em cidades como Touros e São Miguel do Gostoso. O mais comum de se ouvir é que as máquinas ficavam a centenas de metros da costa enquanto seus tripulantes desembarcavam em barcos com apoio de pessoas em terras, as quais forneciam alimentos e informações.

Numa pesquisa recente, a Fundação Rampa encontrou uma testemunha viva de um desses relatos. O comerciante aposentado, João Batista Barbosa dos Santos, “seu Louro”, nascido em 1932, relata um fato inédito ocorrido por volta de 1942, na localidade de Jacumã, a 40 quilômetros de Natal.

De acordo com ele, em 1942, luzes estranhas começaram a surgir na linha do horizonte, dentro do oceano, ao ponto dos moradores descreverem como um planeta ou estrela brilhante. Contudo, dias antes da aparição, outro fato chamou a atenção dos populares, quando um homem de barba e cabelos grandes, vestindo um manto, chegou pelo litoral à cidade. Esse homem era comunicativo, falava várias línguas e demonstrava um conhecimento religioso ao falar na igreja da comunidade, nos dias de domingo.

“Louro” lembra que a população acolheu o andarilho e o mesmo se mostrava uma pessoa normal, até o surgimento do “planeta” dentro do mar. A partir daí, o homem misterioso passou a andar a noite pelo litoral, aparentemente, realizando cálculos e olhando para o céu constantemente, por isso, muitos nativos diziam que ele se comunicava com o planeta.

Devido a guerra e a presença de norte-americanos no estado, em Parnamirim Field, era comum a passagem de patrulhas do exército pelo litoral e em uma das passagens, autoridades de Jacumã alertaram os militares para a presença do andarilho e a partir daí teve início uma intensa perseguição pela localidade até a prisão do homem misterioso.

Louro lembra que numa tarde, enquanto o homem tentava se comunicar com o “planeta”, à beira mar, o exército americano chegou e deteve-o, e no mesmo dia foi apresentado a cidade como um inimigo, ou seja, tratava-se de um espião alemão usando roupas e barba falsa para parecer mais velho, enquanto que o planeta na verdade era um submarino. Segundo o comerciante, no dia seguinte, chegou à cidade dois carros de combate e um tanque anfíbio, este último entrou no mar em busca do submarino pois tinha sido visto em pleno dia.

Já o alemão espião foi levado preso para Natal, onde o exército buscava outros alemães. O submarino não foi mais visto depois da prisão do andarilho, mas os militares brasileiros e americanos continuaram a busca em terra, mar e no ar.

Não há como comprovar qual seria a embarcação que mantinha contato com o alemão de Jacumã, pórem, é provável se tratar do U-598 tipo VII C, afundado em julho de 1943, próximo a Touros.

U-Boot

U-Boot é originado da palavra alemã Unterseeboot, que traduzido literalmente significa “barco debaixo d´água”, traduzido para o inglês como U-Boat. A marinha alemã é a criadora do sistema, ou seja, utilizar a vogal “U” seguido de um número para denominar seus submarinos.
Essas embarcações ficaram famosas e temidas durante a Segunda Guerra devido a forma de ataque, silencioso e quase sempre trágico para os alvos, de maneira geral, navios de carga que abasteciam o esforço de guerra.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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