O primeiro contato com a Fundação
Rampa
Caminhão Mercedes-Benz utilizado
na viagem pelo mundo
Direção da Fundação
Rampa em almoço com os franceses
Visita ao material bélico
retirado do fundo mar, resquício da Segunda Guerra
Diretor de Marketin, Marinho Neto,
fixando adesivo da Fundação Rampa ao caminhão
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A posição geográfica
privilegiada de Natal como sendo o ponto mais próximo da
América com a África sempre despertou a atenção
de estrangeiros. Este fator impulsionou a exploração
aérea entre os continentes, o que teria trazido a Natal
o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, famoso
pelo livro “O pequeno príncipe”.
Interessados nesse relato, os franceses Michel Fabre e Gerald
Schell, que viajam pelo mundo num caminhão, estiveram na
cidade no mês de setembro de 2011. Em agosto, os viajantes
passaram pelo Rio de Janeiro, e lá, souberam da existência
da Fundação Rampa e sua relação com
a história da aviação francesa no século
XX, em especial do diretor tesoureiro Augusto Maranhão.
De acordo com Michell Fabre, em Florianópolis eles aprofundaram
o conhecimento dessa parte da história, descobrindo que
os franceses estiveram em vários cantos do Brasil, durante
a exploração aéreopostal. No Rio de Janeiro,
um colaborador da Fundação Rampa os informou que
em passagem pela cidade, não poderiam deixar de conhecer
a história da Air France.
Fabre afirmou no primeiro contato que eles queriam souvenir de
Exupéry, porém, a passagem do escritor por Natal
é questionável. O diretor de pesquisa e ensino da
Frampa, Frederico Nicolau, explicou aos visitantes que ainda não
existe uma versão oficial para essa história, ou
seja, um grupo afirma a passagem do escritor e outra parte contesta,
devido a inexistência de documentos que comprovem o fato.
Frederico explicou que Natal entrou numa fase de mudanças
na história da Air France, pois antes de ter esse nome,
a empresa já exisita como Latécoére até
1928, quando recebeu um outro nome, agora, Aeropostale. “De
fato, Exupery era empregado dessas empresas, contudo, apesar delas
operarem em Natal, nada confirma a passagem do escritor por aqui.
A Fundação não tem partido nessa polêmica,
mas só podemos estudar essa fase da história por
meio de documentos, como fotografias”, disse.
O pesquisador citou ser comum a travessia do oceano por navio,
portanto, é provável que Exupéry tenha vindo
de navio para o Brasil, sendo assim, desembarcou ao sul, tendo
atuado principalmente entre o Rio Grande do Sul e a Argentina,
onde existem provas de sua visita.
Apesar da informação, os franceses visitantes não
demonstraram insatisfação, pois reconheceram outros
fatos importantes da passagem da Air France pelo Nordeste. Motivados
com os novos fatos, Gerald e Michell seguiram viagem em direção
a Fortaleza, no Ceará.
A volta ao mundo
Michell Fabre, 68 anos, aposentado, está em viagem há
cerca de 10 anos, quando visitou 50 países, passando pela
China, Nepal, Tibet e norte da África, tendo inclusive
cruzado o Saara. Já Gerald Schell ingressou na aventura
há apenas um ano, mas ressalta que possui um caminhão
similar onde mora, na França, usado em viagens pela Europa.
O objetivo dos dois é deixar o Brasil pela região
Norte, passando pela Guiana Francesa e Bolívia, antes de
subir para a América Central e por fim mais ao norte, no
Alaska.
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